Neste final de semana encarei a Virada Cultural. Nos anos anteriores faltou coragem, mas nesse ano resolvi ver como era. De metrô, claro. Logo na estação, aquela dúvida de "será mesmo que devo?". Mas já era decidido, fui. Chegando lá, aquele medo, aquela multidão, aquela sensação de "que raios eu tô fazendo aqui?". Bobagem. Comecei a andar e perceber o quanto aquilo é bacana. Observei o centro de São Paulo como nunca tinha visto antes. Andei muito. Embora seja muito fácil chegar de um lugar ao outro, as distâncias a pé são ainda maiores do que quando estamos no carro.
Cheguei com alguma ideia do que ver, mas sem muito planejamento. Go with the flow. Meia noite assisti ao show da Céu, na Praça Júlio Prestes lotada. A cantora, que comecei a ouvir faz muito pouco tempo, impressiona pelo carisma e talento. O som é diferenciado, têm influências diversas e usa e abusa do sampler. No céu o show era outro. Artistas suspensos por um cabo faziam um show à parte. Me lembrei da Pink no VMA do ano passado.
Perfomance no céu do show da Céu
Depois fui ao cine Arouche assistir ao musical Sweet Charity. Assistir uma pinoia! Fui mesmo dormir. Tá, eu queria ver o filme, só que não ia dar. 2h30, musical e sem legendas?! A oportunidade foi ótima para tirar um cochilo, ver umas cenas de dança legais e lamentar como um espaço daquele tamanho virou cinemão nos dias normais. Às 5h foi a vez do Double You na Vieira de Carvalho. Dance music padrão pra acordar e relembrar a adolescência. Público muuuuito animado. Na sequência fui dormir em casa para aguentar o dia seguinte.
Por volta das 15h, cheguei à Praça Júlio Prestes para a apresentação do Abba The Show, cover da banda sueca. Lotadasso! Divertido pra caramba, kinda trash. Público muito animado, gente de tudo qualquer tipo. Desde pessoas que cantavam todas, até aqueles que descobriram naquele momento que Madonna "roubou" o Abba em Hung Up. De lá, sem rumo e sem ideia do que fazer, comi pastel, assisti um pedaço da Wanderléa ("foi assim que eu vi você passar por mim...") e fui caminhando pelo centro e vendo suas maravilhas que não conseguimos ver de dentro do carro.
Claro que tem coisas que chocam. Como pessoas pedindo pedaço de comida e não dinheiro, ou o garoto na frente do Mosteiro São Bento aos berros de "está queimando! está queimando!", provavelmente efeito do crack. Problemas que precisam de solução, afinal cultura é só uma das coisas que o povo precisa.
play>> Bliss - I Hear You Call
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