De todos os CDs de artistas brasileiros lançados em 2010, 5 dominaram meu CD player. 2 grandes novidades e 3 excelentes retornos.
Começando pelas novidades, vem o cantor Thiago Pethit. Conheci o som desse cara por acaso. Ele ia se apresentar no Sesc Vila Mariana, foram sorteados pares de ingressos para o show no @sescsp, ganhei um par e depois de uma tarde no MySpace ouvindo seus MP3, fui à apresentação. Ótima surpresa! Um estilo raro, se não único, no Brasil. Clima de cabaré, França e coisas que não imaginaria em português (e francês e inglês...). Lembrou-me um pouco de Chris Garneau e Rufus Wainwright. Saí de lá com esse Berlim, Texas nas mãos. Disco de estreia do moço, 10 real na saída do show. Pérolas como Fuga N.1, Forasteiro, a belíssima Não Se Vá (que é reprisada em inglês no final do disco), a animadinha Nightwalker e o single Mapa-Mundi não saem do meu player, nem da cabeça. Só nesse ano já assisti 3 shows de Pethit, todos no Sesc, todos de graça. Salve Twitter!
Outro novo vício é a xará da minha irmã, Karina Buhr. Falei dela aqui. Já tinha ouvido falar da moça, mas nunca fui atrás. Afinal são tantas novas caras na música, que às vezes dá preguiça... No entanto, quando Buhr foi escalada para o festival Natura Nós, pensei: já que estarei lá mesmo, por que não ver como é? Baixei o CD Eu Menti Pra Você, me apaixonei pelo sotaque pernambucano e fiquei fascinado pela música título. Em duas semanas já tinha devorado quase todas as faixas do álbum. Vira Pó, Plástico Bolha, Nassira e Najaf e a mais viciante de todas, o "funk" Ciranda do Incentivo, que seguramente foi a música que mais ouvi no repeat esse ano.
Quem voltou com tudo foi Sandy em seu primeiro trabalho solo. Totalmente autoral e um tanto melancólico, Manuscrito é uma pequena obra prima. Longe do pop fácil, o CD veio para provar que a menina cresceu e sabe muito bem o que quer. E o faz com maestria. Sem Jeito, que tem um pezinho no rock, é surpreendente. Dias Iguais, dueto bilingue com Nerina Pallot, baseada no piano, lembra o estilo de Tori Amos. Ela Ele parece uma valsinha. Destaques ainda para O Que Faltou Ser, Tempo e o próximo clip, a mais pop do álbum, Quem Eu Sou. Na estreia da turnê, no mês passado, Sandy mostrou que domina o palco como poucas, misturando simpatia, firmeza e domínio vocal. Seu público, no entanto, poderia ser um pouquinho mais educado.
Se Sandy mostrou com seu último álbum que pode perfeitamente se livrar do rótulo de artista infantil, o Pato Fu fez o caminho oposto em 2010. Música de Brinquedo trouxe uma coisa muito rara para as crianças: qualidade musical. O que agradou muito marmanjo também. Todo gravado com instrumentos de brinquedo, a banda regravou sucessos como Primavera, a deliciosa Pelo Interfone, Rock and Roll Lullaby e Twiggy Twiggy, da nipônica Pizzicato Five, uma referência de sempre da banda. O resultado é divertido, leve e só prova que o Pato Fu não veio ao cenário musical para ser a mesma banda sempre.
Com produção de John Ulhoa do Pato Fu, Lucy and the Popsonics lançou agora, na reta final do ano, seu segundo trabalho, Fred Astaire. Se o primeiro álbum, A Fábula (Ou a Farsa?) de Dois Eletropandas tinha uma produção mais rústica, este veio para provar que sim, a dupla pode ser tão eficaz e divertida com uma produção mais elaborada. Tanto que Popdollkiller reaparece reformulada no segundo CD, com ainda mais força. Mas é nas faixas novas que vemos seu amadurecimento criativo. Por Que Você Não Morre tem um quê de anos 80 e CSS. Biff Bang Pop lembra musiquinha de videogame. Multitarefa, de longe a melhor de todas, parece uma mistura do próprio Lucy and the Popsonics, com as faixas mais alternativas do Pato Fu. O refrão transpira à Fernanda Takai.
play>> Lucy and the Popsonics - Multitarefa
sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
( )
A coisa é que eu nem sei mais o que eu acho, ou achei.
Mudei de ideia e não sei qual é a nova.
Na verdade, tá tudo igual e tá tudo diferente.
Confuuuuuso...
Deixa eu me confundir, acho que posso.
Amanhã eu decido, porque hoje tá frio.
play>> Céu - Cangote
Mudei de ideia e não sei qual é a nova.
Na verdade, tá tudo igual e tá tudo diferente.
Confuuuuuso...
Deixa eu me confundir, acho que posso.
Amanhã eu decido, porque hoje tá frio.
play>> Céu - Cangote
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Problemão: compras na internet
Sou um comprador de DVDs, CDs e BDs compulsivo. Adoro comprar meus disquinhos de plástico e a internet é o lugar onde mais me divirto os comprando. Sou um caçador de promoções e pra mim só tem graça comprar se tiver barato. Tenho cartão Submarino e Saraiva, mas pipoco em várias lojas. No entanto, a Submarino sempre foi a que dei preferência, pelas facilidades e boa prestação de serviços. Tá, isso mudou.
Fiz duas compras seguidas na promoção compre 2 blu-rays por R$ 59,90, aproveitei e coloquei umas boxes promocionais nos dois pedidos. Na primeira vez recebi todos os DVDs e nenhum blu-ray. Da segunda vez, recebi os DVDs e apenas 1 dos BDs. Logo, em duas compras, a Submarino não me entregou 3 BDs. O grande problema é que todos constavam das notas fiscais e estão considerados entregues no site. Reclamei 4 vezes por telefone, 2 por e-mail e NADA de resposta com solução. Todas as que recebi eram pedindo 2 dias úteis, pois a reclamação seria encaminhada para o departamento responsável. Enrolação pura, descaso total e falta de respeito com o cliente. Entrei no Procon online, fiz um pedido de análise do caso, mas estou esperando. A história ainda não terminou e vou levá-la até o fim. Quero os BDs, ou ao menos o estorno do pagamento.
Hoje encontrei no Blog do Jotacê, um site de colecionadores de DVDs e BDs, um vídeo sobre compra consciente na internet, falando sobre direitos e como agir para enfrentar os "truques" e incompetência dos sites. O vídeo é bem explicativo e vale a pena assistir até o fim, porque pelo menos em um dos golpes você já caiu.
play>> Cher - You Haven't Seen The Last Of Me
Fiz duas compras seguidas na promoção compre 2 blu-rays por R$ 59,90, aproveitei e coloquei umas boxes promocionais nos dois pedidos. Na primeira vez recebi todos os DVDs e nenhum blu-ray. Da segunda vez, recebi os DVDs e apenas 1 dos BDs. Logo, em duas compras, a Submarino não me entregou 3 BDs. O grande problema é que todos constavam das notas fiscais e estão considerados entregues no site. Reclamei 4 vezes por telefone, 2 por e-mail e NADA de resposta com solução. Todas as que recebi eram pedindo 2 dias úteis, pois a reclamação seria encaminhada para o departamento responsável. Enrolação pura, descaso total e falta de respeito com o cliente. Entrei no Procon online, fiz um pedido de análise do caso, mas estou esperando. A história ainda não terminou e vou levá-la até o fim. Quero os BDs, ou ao menos o estorno do pagamento.
Hoje encontrei no Blog do Jotacê, um site de colecionadores de DVDs e BDs, um vídeo sobre compra consciente na internet, falando sobre direitos e como agir para enfrentar os "truques" e incompetência dos sites. O vídeo é bem explicativo e vale a pena assistir até o fim, porque pelo menos em um dos golpes você já caiu.
play>> Cher - You Haven't Seen The Last Of Me
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Meu Deus
Aqui revirando os lençois, com uma insônia adquirida não sei de onde, me peguei a pensar em Deus. O Cara lá de cima, como diz aquela música.
Quando era criança e tinha pesadelos, ou dificuldade para dormir, minha mãe dizia que eu deveria pensar em algo bem bonito, depois rezar. Lembro de pensar na Branca de Neve e os 7 anões brincando no campo, isso de alguma maneira (que nem imagino hoje) me acalmava. Depois eu rezava um pai-nosso ou uma ave-maria, de vez em quando os dois, e dormia. Dava certo.
Estudei em uma escola de freiras, do pré até a 8ª série. Rezar era uma coisa comum pra mim, rezava todos os dias. No começo, rezava pedindo tudo o que queria, de presentes à paz mundial. Naquela época, lembro de um pesadelo frequente: eu, minha irmã e meus pais estávamos todos no banheiro de casa. Naquela época, eu morava em uma casa. De repente aparecia no vitrô, um ladrão que oferecia para cada um seu chocolate favorito. O meu era o Sufflair, que, btw, era muito mais gostoso nos anos 80. O problema é que todos os chocolates estavam envenenados e todos morríamos. Depois disso não sei o que acontecia, mas provavelmente o larápio envenenador roubava nossa casa. Como tive esse sonho! Sempre o mesmo! Nunca esqueci. Sempre, antes de dormir, rezava para que aquilo não acontecesse de verdade. Creio que foi aí que começou meu contato com Deus.
Um certo dia, abri a Bíblia - que nada mais era que mais um dos livros de escola - e li que não precisávamos falar pra Deus o que queríamos, porque Ele já sabia. A partir desse dia, parei de alugar o Cara com a descrição de meus desejos e passei a apenas agradecê-lo pelas coisas. "Obrigado por tudo, espero que meus desejos sejam realizados" ficou tão decorado quanto o próprio pai-nosso. Depois desse texto, começava a bater papo. Mesmo! Altos papos... falava de tudo. Nunca achei que precisava medir palavras com Deus. Se esse cara me fez à sua imagem, deve entender a minha linguagem também. Virou terapia. Fiz isso minha vida inteira, até uns 2, 3 anos atrás.
Foi mais ou menos na época que comecei a fazer terapia que parei de rezar todo dia. Substitui a reza pela terapia, creio que precisava (e preciso) do feedback. Eu já tinha perdido minha mãe e sinto que muita coisa de mim paralisou depois disso. Após uma perda como essa, há duas opções: ou você se agarra a Deus, ou você se desgarra. Fui para a segunda. Nunca atribuí a morte de minha mãe à Deus. Isso seria irracional, longe do que acredito. Por outro lado não foi Ele que me ajudou a diminuir a dor. Foram meus amigos que foram imprescindíveis nesse momento. Amo a todos incondicionalmente, e eles sabem quem são. Deixei de acreditar que algo etéreo me traria paz. Comecei a acreditar mais em pessoas. As pessoas que me cercam, estão aqui por um motivo. Deus está lá, em algum lugar inalcançável. Deixa Ele pra quando eu chegar lá.
Na terapia nunca explorei isso. Nunca vi necessidade. Meu lado espiritual virou material. Não acredito em religião alguma, acho perda de tempo e energia. Acredito em um Deus interno, dentro de cada um, que é aquela força interior que encontramos do nada, por nada. Energia positiva é a minha definição de Deus.
Hoje em dia quase não rezo, é raro. Geralmente quando o faço, é por estar sentindo uma sensação muito boa, de felicidade extrema. Felicidade é uma coisa muito boa de sentir, uma coisa realmente divina. Talvez por isso nessas horas lembro de Deus, que pra mim não está na igreja, não está na Bíblia, não está em nenhuma religião. Ele está em todos os lugares e, principalmente, dentro de nós mesmos. Cada um vê da sua maneira.
play>> Kid Abelha - Deus (Apareça na Televisão)
Quando era criança e tinha pesadelos, ou dificuldade para dormir, minha mãe dizia que eu deveria pensar em algo bem bonito, depois rezar. Lembro de pensar na Branca de Neve e os 7 anões brincando no campo, isso de alguma maneira (que nem imagino hoje) me acalmava. Depois eu rezava um pai-nosso ou uma ave-maria, de vez em quando os dois, e dormia. Dava certo.
Estudei em uma escola de freiras, do pré até a 8ª série. Rezar era uma coisa comum pra mim, rezava todos os dias. No começo, rezava pedindo tudo o que queria, de presentes à paz mundial. Naquela época, lembro de um pesadelo frequente: eu, minha irmã e meus pais estávamos todos no banheiro de casa. Naquela época, eu morava em uma casa. De repente aparecia no vitrô, um ladrão que oferecia para cada um seu chocolate favorito. O meu era o Sufflair, que, btw, era muito mais gostoso nos anos 80. O problema é que todos os chocolates estavam envenenados e todos morríamos. Depois disso não sei o que acontecia, mas provavelmente o larápio envenenador roubava nossa casa. Como tive esse sonho! Sempre o mesmo! Nunca esqueci. Sempre, antes de dormir, rezava para que aquilo não acontecesse de verdade. Creio que foi aí que começou meu contato com Deus.
Um certo dia, abri a Bíblia - que nada mais era que mais um dos livros de escola - e li que não precisávamos falar pra Deus o que queríamos, porque Ele já sabia. A partir desse dia, parei de alugar o Cara com a descrição de meus desejos e passei a apenas agradecê-lo pelas coisas. "Obrigado por tudo, espero que meus desejos sejam realizados" ficou tão decorado quanto o próprio pai-nosso. Depois desse texto, começava a bater papo. Mesmo! Altos papos... falava de tudo. Nunca achei que precisava medir palavras com Deus. Se esse cara me fez à sua imagem, deve entender a minha linguagem também. Virou terapia. Fiz isso minha vida inteira, até uns 2, 3 anos atrás.
Foi mais ou menos na época que comecei a fazer terapia que parei de rezar todo dia. Substitui a reza pela terapia, creio que precisava (e preciso) do feedback. Eu já tinha perdido minha mãe e sinto que muita coisa de mim paralisou depois disso. Após uma perda como essa, há duas opções: ou você se agarra a Deus, ou você se desgarra. Fui para a segunda. Nunca atribuí a morte de minha mãe à Deus. Isso seria irracional, longe do que acredito. Por outro lado não foi Ele que me ajudou a diminuir a dor. Foram meus amigos que foram imprescindíveis nesse momento. Amo a todos incondicionalmente, e eles sabem quem são. Deixei de acreditar que algo etéreo me traria paz. Comecei a acreditar mais em pessoas. As pessoas que me cercam, estão aqui por um motivo. Deus está lá, em algum lugar inalcançável. Deixa Ele pra quando eu chegar lá.
Na terapia nunca explorei isso. Nunca vi necessidade. Meu lado espiritual virou material. Não acredito em religião alguma, acho perda de tempo e energia. Acredito em um Deus interno, dentro de cada um, que é aquela força interior que encontramos do nada, por nada. Energia positiva é a minha definição de Deus.
Hoje em dia quase não rezo, é raro. Geralmente quando o faço, é por estar sentindo uma sensação muito boa, de felicidade extrema. Felicidade é uma coisa muito boa de sentir, uma coisa realmente divina. Talvez por isso nessas horas lembro de Deus, que pra mim não está na igreja, não está na Bíblia, não está em nenhuma religião. Ele está em todos os lugares e, principalmente, dentro de nós mesmos. Cada um vê da sua maneira.
play>> Kid Abelha - Deus (Apareça na Televisão)
Sandy Winehouse
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